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Ação civil pública do MPF contra a Samarco cita relatórios da Ufes

Os relatórios de pesquisa sobre os impactos do desastre da Samarco desenvolvidos pelo Núcleo de estudo, pesquisa e extensão em mobilização sociais (Organon) e pelos professores do Departamento de Oceanografia e Ecologia, que participaram das análises das amostras coletadas durante a expedição do Navio Vital de Oliveira, foram citados para fundamentar parte das acusações feitas pela Força-Tarefa do Ministério Público Federal (MPF) na primeira ação civil pública contra as mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton. A ação pede R$ 155 bilhões em reparação aos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG).

“Acredito que esta é mais uma evidência de que, em variadas frentes, a Ufes destaca-se, especialmente no caso do desastre da Samarco, na produção de conhecimento voltado para o interesse público”, diz a coordenadora do Organon, professora Cristiana Losekann.

Prejuízos

Com o título “Impactos socioambientais no Espírito Santo da ruptura da barragem de rejeitos da Samarco”, o relatório de pesquisa do Organon aponta que a tragédia comprometeu ou promoveu a perda total da lavoura dos ribeirinhos, prejudicou o turismo em Regência, inviabilizou a criação de animais para consumo próprio e causou impactos afetivos, simbólicos e culturais. A pesquisa foi realizada durante os meses de novembro e dezembro de 2015. A ação do MPF também cita as entrevistas que o pesquisadores realizaram com a população ribeirinha.

O documento também cita trechos do relatório técnico-parcial escrito pelo grupo Meio Marinho, responsável pelas pesquisas sobre os impactos da lama de rejeitos nas áreas estuarinas e marinha O documento destaca os resultados relativos aos altos índices de turbidez da água e ao aumento das concentrações de alumínio, ferro, manganês e crômio na desembocadura do Rio Doce.

Dentre as determinações previstas pela ação está o custeio, por parte das empresas rés e os órgão públicos, de projeto de estudo de mapeamento e diagnóstico a ser realizada pelo Organon, pelo GESTA (Grupo de Estudos em Temáticas Ambientais da Universidade Federal de Minas Gerais) ou por outra instituição especializada em cada um dos povos e comunidades tradicionais atingidos.

Temáticas Ambientais da Universidade Federal de Minas Gerais) ou por outra instituição especializada em cada um dos povos e comunidades tradicionais atingidos.

Texto: Letícia Nassar
Foto: Jorge Medina
Edição: Thereza Marinho

Publicado em 9 de Maio de 2016 - 09:34

Texto original: ufes.br

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